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Tipos de Juros: conheça os sete principais e como impactam suas finanças

Você, provavelmente, já deve ter ouvido falar em taxa de juros, certo? Os juros estão presentes no nosso cotidiano mais do que podemos imaginar. Do empréstimo à aplicação financeira, os juros estão sempre ali, agindo.

Neste conteúdo, explicaremos mais claramente quais são os principais tipos de juros presentes no mercado e qual o impacto real que eles têm sobre as finanças. Continue a leitura para saber mais!

O que é taxa de juros e como ela funciona?

Resumidamente, os juros são uma remuneração paga pelo capital que é emprestado em um determinado período, logo é um produto da relação entre os juros recebidos pelo emprestador e quanto do recurso foi emprestado proporcionalmente. Cada instituição financeira tem as suas políticas quanto aos juros e eles incidem tanto sobre dívidas quanto aplicações.

De acordo com o Banco Central, a taxa de juros funciona com base no seguinte cálculo: taxa de juros = (juros / capital) x 100. No entanto, é preciso estar atento, pois existem diferentes tipos de juros e cada um possui as suas especificidades.

Quais os principais tipos de juros?

Cada uma das modalidades de juros a seguir tem as suas funções, conheça mais sobre elas!

JUROS SIMPLES
Os juros simples são calculados por meio de uma porcentagem aplicada de um determinado montante para a sua correção em determinado período. Por ser simples, o cálculo é feito levando em consideração o mesmo valor, mês após mês.

A principal utilidade desse tipo de juros é a remuneração do credor que oferece o capital usado na economia para fazê-la girar. Para ficar mais claro, é o que acontece em compras parceladas e empréstimos: você paga uma taxa sobre aquele valor.

JUROS COMPOSTOS
Os juros compostos podem ser tidos como aqueles nos quais há algo acrescido ao capital. Sendo assim, o seu valor aumenta muito mais rápido se comparado aos juros simples. Para entender melhor como funciona, vamos a um exemplo prático.

Suponha que você solicite um empréstimo de R$ 20 mil, a uma taxa mensal de 1%. No caso dos juros compostos, o montante aumentaria em R$ 200 no primeiro mês (1% de R$ 20 mil), R$ 202 no segundo mês (1% de R$ 20.200) e assim sucessivamente.

Pensando na aplicação dos juros compostos aos investimentos podemos considerar essa aplicação como boa, pois, como dissemos, o montante aumenta em um ritmo mais acelerado.

JUROS NOMINAIS
Os juros nominais são aqueles que se encontram especificados em contratos, sejam eles de empréstimos, financiamentos ou aplicações financeiras. Eles são uma categoria de juros que tem a principal função de expressar o rendimento bruto de uma aplicação.

O seu principal diferencial está na inclusão, mesmo que ilusória, de uma parcela de rendimento que supera as perdas inflacionárias, tomando como base o aumento patrimonial.

No entanto, é importante ter uma atenção redobrada, ainda mais quando falamos de investimentos, pois pode-se criar uma ilusão de enriquecimento maior do que a realidade, pois os juros nominais costumam apresentar as taxas mais altas.

JUROS REAIS
A taxa de juros real serve como indicador para determinar a rentabilidade real de uma aplicação financeira. Uma de suas principais características é o fato de ela considerar a inflação e a sua capacidade de corrosão do poder de compra.

Para calcular os juros reais de uma aplicação é preciso considerar o seguinte cálculo (1 + in) = (1 + r) × (1 + j). Sendo que in é a taxa de juros nominal, r é a taxa de juros real e j é a inflação do período.

Mas qual a diferença para os juros nominais? A taxa real de fato considera a inflação e só é obtida após os descontos da inflação do período, o que permite ao investidor ter uma noção real do seu ganho.

JUROS DE MORA
Os juros de mora são aqueles aplicados quando há o descumprimento no prazo de um determinado pagamento. Ele é bastante comum quando acontece algum atraso no pagamento de um título de crédito, por exemplo.

Não seria o mesmo que multa? Na realidade, não. Isso porque as multas contam com um valor fixo a partir do vencimento do título. Logo, o tempo que durar o atraso não é considerado, mas, sim, o percentual estabelecido previamente.

Para ficar mais claro como é feito o cálculo, vamos dar um exemplo. Suponha que você deva uma parcela com juros de mora de 1% ao mês. Caso o vencimento seja todo dia 10 do mês e o montante foi pago apenas no dia 30, o cálculo ficará: 1000 x (1% ÷ 30) x 20 = 1000 x 0,67% = R$ 6,77.

JUROS ROTATIVOS
Os juros rotativos são taxas que incidem sobre o pagamento da fatura de cartão de crédito quando esta não é paga em sua totalidade. Ele é conhecido como uma das taxas mais altas do mercado — só para você ter uma ideia, o montante atingiu o patamar superior a 336% ao ano.

Até meados de abril de 2017, as instituições financeiras estavam autorizadas a oferecer o crédito rotativo de maneira ilimitada aos clientes. Porém, isso gerava uma dívida que acaba se tornando uma bola de neve. Com isso, foram mudadas as regras que estabeleciam que esse crédito poderia ser usado por no máximo 30 dias.

Logo, se a pessoa não consegue quitar o valor da dívida da fatura que inclui esse crédito rotativo, a instituição financeira é obrigada a passar a dívida para uma opção que seja mais vantajosa ao cliente, o que pode ser, por exemplo, o crédito parcelado.

JUROS SOBRE CAPITAL PRÓPRIO
Os juros sobre capital próprio se referem àqueles que podem ser obtidos por empresas que estão sob o regime de lucro real. Para quem investe é uma forma de receber uma remuneração extra, dependendo da performance do investimento feito. Por outro lado, as empresas que os utilizam podem aplicá-los como um artifício contábil, a fim de pagar menos impostos.

Na apuração da lucratividade do negócio são apurados capital social, lucro, reserva de capital, prejuízo acumulado, entre outros. Os juros sobre capital próprio se parecem muito com os dividendos, a diferença está no fato de que no primeiro há um desconto do Imposto de Renda, enquanto no segundo o lucro já vem sem impostos, visto que eles já foram pagos.

Entender sobre os diferentes tipos de juros é essencial, pois cada um deles afeta as finanças pessoais de uma maneira. Qualquer empréstimo ou mesmo aplicação feita terá incidência direta deles e saber essa diferença é o que ajudará na sua organização.

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