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Criptoativos: entenda como funciona e como investir em ativos digitais

Criptoativos são uma representação digital de valores transacionados, como as criptomoedas, que ganharam reconhecimento entre jovens investidores com a valorização surpreendente do bitcoin.

Até alguns anos atrás, moedas virtuais eram discutidas entre jovens nerds, em salas de conversação na internet. O bitcoin, a primeira moeda virtual e a mais famosa, ficou conhecido em outros grupos ao atingir o valor de U$ 20 mil.

Com isso, pessoas que nunca investiram –  especialmente os mais jovens – se viram tentadas a fazer seus primeiros aportes em criptoativos, mesmo sem muito conhecimento sobre o assunto.

A verdade é que investir em renda variável, como em ações de empresas, já requer uma capacidade de análise de mercado. Imagine investir em algo que a maioria nem sabe o porquê valoriza ou desvaloriza. Como tomar decisões de compra e venda?

Se você tem interesse em conhecer mais sobre criptoativos e saber como eles funcionam, continue conosco.

Neste artigo, vamos abordar:

  • O que são criptoativos?
  • O que é uma criptomoeda?
  • Diferença entre criptoativos e criptomoedas
  • Como as operações com criptoativos são regulamentadas?
  • Como investir em criptoativos
  • Como investir em fundos de criptoativos
  • Como declarar investimentos em criptoativos
  • Termos relacionados aos criptoativos

Boa leitura!

O que são criptoativos?

Criptoativos são a representação digital de valores transacionados por meio virtual.

A definição da Receita Federal para criptoativos é:

“Considera-se Criptoativo, a representação digital de valor denominada em sua própria unidade de conta, cujo preço pode ser expresso em moeda soberana local ou estrangeira, transacionado eletronicamente com a utilização de criptografia e de tecnologias de registros distribuídos, que pode ser utilizado como forma de investimento, instrumento de transferência de valores ou acesso a serviços, e que não constitui moeda de curso legal […]”

O exemplo mais comum de criptoativo é a criptomoeda, como é o caso do bitcoin.

Atualmente existem inúmeras outras criptomoedas – e cada vez mais surgem novas, que visam atingir o reconhecimento e a valorização do bitcoin.

Os criptoativos são produtos de investimento que atraem, especialmente, os mais jovens.

Parte em função da promessa de altos lucros, parte por serem totalmente conectados ao mundo virtual, é certo que pessoas entre 20 e 30 anos tendem a começar a investir em criptoativos sem nunca ter feito um investimento em ações, por exemplo.

O risco é alto, claro. Falaremos mais sobre isso.

O que é uma criptomoeda?

Criptomoedas são criptoativos utilizados para pagamentos e demais transações financeiras realizadas, exclusivamente, de forma virtual, que podem ser utilizadas em qualquer parte do mundo. Em resumo: elas não “existem” fisicamente.

Por não deixar nenhum tipo de “rastro”, já que são criadas e monitoradas por inúmeras pessoas, utilizando blockchain, as criptomoedas têm sido a principal forma de pagamento de hackers ao invadirem sistemas corporativos de empresas privadas ou públicas.

Existem muitas criptomoedas, sendo o bitcoin a mais conhecida. Outros exemplos são:

  • Ethereum
  • Litecoin
  • Monero
  • Nano

Diferença entre criptoativos e criptomoedas

Conforme explicado, a criptomoeda é um tipo de criptoativo. Essa é a diferença: toda criptomoeda será um criptoativo, mas o inverso não se aplica. Isso porque existem outros tipos de criptoativos.

Os criptoativos são ativos digitais criptografados sob a tecnologia blockchain, negociados neste mesmo ambiente e que possuem registros exclusivamente virtuais.

Ao investir em bitcoins, por exemplo, você estará investindo no criptoativo do tipo criptomoeda. Outro exemplo de criptoativo são os tokens que utilizam a tecnologia blockchain.

Simples, não é?

Como as operações com criptoativos são regulamentadas?

A Receita Federal publicou instruções específicas para operações com criptoativos.

As criptomoedas surgiram em 2009, mas, somente em 2019, o governo federal adotou medidas de fiscalização, já que muitas pessoas utilizaram o sistema de criptoativos para desviar dinheiro e sonegar impostos.

Com a Instrução Normativa RFB nº 1.888, fica obrigatória a prestação de contas de todas as operações que envolvam criptoativos, de qualquer tipo.

Devem ser declaradas, por meio do Centro Virtual de Atendimento (e-CAC) até o último dia útil do mês seguinte, as operações. Em caso de não prestação de contas, é prevista uma multa de R$ 100 a 3% do valor da operação.

Ainda que a regulamentação possa ter dividido opiniões, é verdade que o governo não pode perder de vista as formas de pagamentos que correm em seu território.

E, ao contrário do que muitas pessoas pensam, você já pode comprar diversos produtos com criptomoedas – desde tatuagens, produtos veterinários até ativos imobiliários ou ingressos para shows!

Como investir em criptoativos

Antes de investir em criptoativos, tenha seu capital protegido em investimentos de baixo risco.

Vale a pena investir em criptoativos? Como sempre, não tem resposta certa para esse tipo de pergunta. Mas é verdade que os criptoativos rendem mais discussões do que outros tipos de investimentos, mesmo os de maiores riscos.

Isso porque você está investindo em “moedas” que não são oficialmente reconhecidas no país. Além disso, não tem muitas garantias, já que nem a Comissão de Valores Mobiliários nem o Banco Central fiscalizam as exchanges.

Além disso, os criptoativos experimentam alta volatilidade, o que vem acompanhado de riscos. O bitcoin, por exemplo, em 2017, obteve cotações que variaram entre cerca de US$1 mil e US$17 mil. No ano seguinte, as cotações variaram entre cerca de US$3 mil e US$10 mil!

Em março de 2020, diante das incertezas causadas pela pandemia do coronavírus, essa mesma criptomoeda acumulou, em uma única semana, uma desvalorização de 50%.

Portanto, antes de investir em criptoativos, proteja seu capital em investimentos de baixo risco, como os de renda fixa. As criptomoedas parecem atraentes e modernas, e por esse motivo chamam a atenção, especialmente, dos investidores mais jovens. Mas é preciso pés no chão.

Já existem exchanges nacionais que fazem a compra e venda das criptomoedas. Além disso, algumas corretoras têm fundos de investimento que incluem os criptoativos nas composições de suas carteiras, conforme instrução CVM nº555.

No entanto, devem ser operados com auxílio de assessores de investimentos, para reduzir os riscos e proteger o investidor.

Para investir em criptoativos, considere:

  • Sua disponibilidade de capital;
  • Seus objetivos a médio e longo prazo;
  • A rentabilidade oferecida (desconfie sempre dos altos ganhos em um curto prazo de tempo);
  • O histórico de performance da instituição;
  • A liquidez da criptomoeda;
  • Estude amplamente os conceitos e termos utilizados neste mercado;
  • Monte, primeiro, uma reserva de emergência;
  • Distribua seu capital em outros investimentos, variando sua carteira e controlando riscos.

Ainda não investe seu dinheiro? Então, comece pelo básico: conheça os produtos de renda fixa da modalmais! 

Como declarar investimentos em criptoativos

Ao transacionar via exchange no exterior, operações até R$ 30 mil não precisam ser informadas.

Ainda que as criptomoedas não sejam consideradas moedas oficiais, o investidor precisa declarar os seus ganhos com estes ativos.

A posse, compra ou venda de criptomoedas no ano anterior, deve ser obrigatoriamente declarada anualmente (devendo ocorrer na ficha de “Bens e Direitos”), na declaração de Imposto de Renda. Ou seja, uma vez por ano, as operações realizadas através de exchanges nacionais deverão ser repassadas – assim como acontece com a declaração de imposto de renda retido na fonte.

A declaração mensal também é obrigatória quando:

  • Exceder o limite de R$30 mil transacionados no mesmo mês, independente se compra, venda ou permuta, se efetuado através de uma exchange no exterior;
  • Todas as operações que utilizarem uma exchange nacional, independentemente do valor.

Termos relacionados aos criptoativos

Como mencionamos, o criptoativo mais comum é a criptomoeda. O bitcoin é o responsável pela popularização do termo e do conceito, reduzindo a distância da população em geral com este modelo de transação financeira.

Mas existem outros termos relacionados, como:

  • ICO (Initial Coin Offering): é a oferta inicial de uma moeda. Assim como a IPO, que acontece na Bolsa de Valores quando uma empresa abre o seu capital, o processo de ICO acontece quando uma nova moeda está prestes a ser lançada. Esse é o momento que muitos investidores apostam, esperando ganhos relevantes (como aconteceu com o bitcoin);
  • STO (Security Token Offering): parecido com a oferta de novas moedas, o STO é a oferta de tokens de segurança;
  • IEO (Initial Exchange Offering): é a oferta da moeda realizada dentro de uma exchange – uma espécie de “câmbio” virtual para cotização das criptomoedas.

Conclusão

Criptoativos são investimentos de alto risco.

Os criptoativos, como vimos, ganharam visibilidade com o aumento fenomenal do bitcoin. No entanto, quem deixou para investir em bitcoin quando ele atingiu seu máximo, perdeu muito dinheiro.

O investimento em criptoativo é considerado de alto risco, especialmente porque pouco se sabe sobre os motivos que fazem uma criptomoeda valorizar ou desvalorizar.

Se você ainda não investe – ou não tem uma reserva de emergência –, comece pelo básico.

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