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Contrato Futuro: o que é e tudo o que você precisa saber para operar

Contrato Futuro

Dentre as muitas opções de investimento disponíveis, o contrato futuro, além de possibilitar que você rentabilize capital de forma alavancada, pode servir também como instrumento de proteção financeira.

Esse ativo é negociado no mercado de renda variável e, em resumo, trata-se de um acordo de compra e venda de um ativo financeiro, em uma data no futuro.

Negociando contratos futuros, é possível rentabilizar tanto na alta, quanto na baixa da cotação desses ativos. Para que você possa ficar por dentro de todas as vantagens e possíveis desvantagens de negociar contratos futuros, preparamos este guia completo sobre o assunto.

Dessa forma, você poderá decidir se esse tipo de investimento é a escolha certa para seu perfil de investidor e seus objetivos.

Boa leitura!

O que é um contrato futuro?

Contrato futuro é um tipo de derivativo, sendo padronizado e negociado no mercado futuro. Trata-se de contratos de compra e venda de um determinado produto ou moeda. A B3 (a Bolsa de Valores brasileira) também age como reguladora das operações.

Utilizando contratos futuros, tanto vendedor como comprador se comprometem com a negociação de determinada quantidade, seja do ativo financeiro ou ativo real (bens tangíveis), em uma data futura.

Nestes casos, o preço é predeterminado no momento da negociação. Dessa maneira, independentemente do valor que o ativo venha a atingir no futuro, o preço foi firmado antes, na negociação do contrato.

Por esse motivo, os contratos futuros são de interesse tanto de investidores, que buscam rentabilizar com as oscilações de preços dos ativos, quanto de empresas e produtores rurais que buscam nesses contratos, uma forma de proteção – estratégia conhecida como hedge – frente à variação de preços de moedas ou mercadorias.

E não faltam opções para diferentes objetivos, visto que é possível negociar contratos futuros de ações, moedas e até mesmo índices econômicos. Porém, não se preocupe: vamos detalhar melhor o funcionamento de cada um deles, mais à frente, neste artigo.

O que é o mercado futuro

O mercado futuro é o ambiente da Bolsa de Valores onde são negociados contratos padronizados de derivativos de commodities, índices (como o Índice Bovespa), taxas de juros e moedas (como o Dólar),  que vencem em uma data futura. Os preços são ajustados com base na data atual e nas expectativas quanto à cotação em determinado período.

Ao operar no mercado futuro, o investidor terá resultados diários. Isso significa que o preço será ajustado, automaticamente, todos os dias. Dessa maneira, é possível acompanhar a diferença entre o valor negociado e a cotação atual.

É importante relembrar também, que, nesse mercado, é possível obter resultados tanto com oscilações negativas, quanto positivas na cotação de determinado contrato. Isso significa que é possível operar nos dois polos de movimentação, comprando o ativo para vender a um preço superior ou vender para comprar a um preço inferior.

O que é um minicontrato futuro

Um dos maiores atrativos relacionados à negociação desses contratos está no fato de não haver necessidade de se desembolsar o valor do ativo, uma vez que o lucro ou prejuízo é baseado na oscilação do preço do contrato, e de acordo com a posição assumida pelo investidor (como comprador ou vendedor).

No entanto, quem estiver negociando contratos futuros, precisa ter realizado o depósito de uma margem de garantia. Essa garantia é uma exigência da Bolsa de Valores, sendo que pode ser depositada em dinheiro (saldo disponível em conta) ou composta por outras aplicações, que podem ser: ações, títulos públicos (Tesouro Direto) ou privados (CDBs) emitidos pela própria instituição onde os contratos estão sendo negociados.

Essa margem pode variar diariamente e costuma ter valor diferente para cada tipo de contrato. No caso dos contratos cheios, ou padrões, o valor costuma, por vezes, ser bastante elevado. Por isso, não é de se espantar que esse tipo de ativo acabe afastando pequenos investidores.

Assim sendo, com o objetivo de facilitar o acesso de pessoas físicas e novos investidores a esse tipo de mercado, foi criado o minicontrato futuro.

Atualmente, a B3 possibilita a negociação de minicontratos de índice Bovespa, S&P 500, dólar, euro e soja . Eles seguem os mesmos modelos de funcionamento do contrato futuro padrão. No entanto, seu valor representa 20% do contrato cheio.

Qual a margem para operar um contrato de índice futuro?

Em resumo, para negociar contrato futuro de um índice (como o Ibovespa), é necessário disponibilizar, em média,  15% do valor do contrato, como margem de garantia. Além disso, vale lembrar que o investidor irá arcar com custos operacionais, como taxa de corretagem, que varia de uma corretora para outra.

No modalmais, com a margem reduzida, é possível realizar operações day trade com um minicontrato de índice (WIN), alocando apenas R$ 100,00 como margem de garantia, por exemplo.

Aqui, vale reforçar dois lembretes:

  • a margem de garantia não é um custo ou um aporte investido e, sim, um valor que serve como garantia de que, caso você tenha um resultado negativo com a operação, possa cobrir esse valor com a garantia depositada. Caso obtenha resultado positivo com a operação, a margem é “desbloqueada”, ou seja, devolvida para livre movimentação;
  • não é recomendável que você opere no limite da margem. Em suma, porque você estará alavancado em um mercado que costuma apresentar altíssima volatilidade. Além disso, ao operar alavancado, você amplifica seus resultados, sejam eles positivos ou negativos, independentemente do valor que estará depositado como garantia.

Como mencionamos, o minicontrato representa 20% do contrato cheio. Para melhor compreensão, vamos considerar o dólar futuro, cujo valor do contrato cheio equivale a U$ 50 mil. Assim, o tamanho de um contrato de minidólar é de U$10 mil.

Passo a passo de Como funciona o contrato futuro

O contrato futuro pode parecer um pouco complicado no começo. Mas, na verdade, seu funcionamento é bastante simples. Para entender melhor, vamos dividir todo o processo de negociação em etapas.

Antes de mais nada, é importante compreender que o contrato futuro é negociado no mercado de futuros, da Bolsa de Valores. Isso acontece, pois, a B3 é a responsável tanto pela fiscalização do processo, quanto pelas garantias de que o contrato será honrado.

A B3 também determina quais serão as características padronizadas do contrato futuro. Isso permite que ele seja operado em Bolsa, sem que haja um “descasamento” do que de fato está sendo negociado. Ou seja, garante que as características do ativo-objeto do contrato, bem como seu tamanho (valor, peso – no caso de commodities, por exemplo), sejam preservados.

Outra característica presente nos contratos futuros é a validade. Quando nos referimos à “data futura” de negociação do contrato, a referência é sua data de vencimento, ou seja, quando o contrato expira, perdendo valor diante do mercado. Cada contrato tem em suas regras, uma data específica de vencimento, indicando em quais meses isso ocorre.

Além do que foi mencionado até aqui, é importante saber, também, que:

  1. A negociação começa quando alguém compra ou vende um contrato futuro. Entre as duas partes, é acordado o preço e quantidade de contratos em questão.
  2. No período entre a compra ou venda e a data de vencimento, os contratos passam por ajustes diários. Eles são calculados automaticamente pela Bolsa de Valores e creditados ou debitados na conta do investidor posicionado no contrato.
  3. Quando a data de vencimento chega, é o momento de o comprador obter lucro ou arcar com o prejuízo do período. O cálculo é realizado por meio da soma dos resultados diários.
  4. Também é possível encerrar a posição no contrato futuro antes do vencimento.

Existem inúmeros tipos de contrato futuro que podem ser negociados na Bolsa de Valores. A seguir, vamos falar um pouco sobre alguns deles. Confira!

Contrato futuro de dólar

O contrato de dólar tem sua cotação atrelada às oscilações da moeda americana. Assim, os compradores e vendedores se comprometem com a negociação de uma quantidade da moeda pelo preço atual, mas para vencimento no futuro.

Na prática, o investidor está negociando uma taxa de câmbio (reais por dólar), sem precisar comprar a moeda em espécie.

O tipo de operação mais realizada por pessoas físicas, nesse caso, é a especulação. Nela, o investidor negocia as diferenças nas cotações do contrato. Ou seja, nesse caso, pouco importa se o preço do contrato terá alta ou baixa.

Contrato futuro de commodities

Basicamente, as commodities são mercadorias que servem como matéria-prima para a produção de outros produtos. Elas servem como base para a indústria, e são comercializadas em grande volume e escala global. Commodities podem ser agrícolas, minerais ou de recursos energéticos, por exemplo.

Contrato futuro de juros

Está atrelado à negociação de Depósitos Interfinanceiros (DI). Assim, vendedor e comprador firmam um compromisso com base na taxa de juros esperada na data de vencimento.

Contrato futuro de ouro

O ouro é considerado um commodity mineral. Assim, o contrato futuro de ouro é negociado em reais por grama, tendo as oscilações de sua cotação como um reflexo às expectativas do mercado internacional, atreladas ao mercado interno brasileiro e à variação do dólar. Nesse caso, cada um estabelece um acordo de compra e venda de 250 gramas de ouro fino.

Contrato futuro de ações

O contrato futuro de ações é uma opção de produto bastante nova, disponibilizada pela B3 desde 2018. Inicialmente, foram abertos 12 diferentes contratos futuros de ações, que permitem ao investidor, a negociação da expectativa sobre o preço futuro de uma determinada ação, sem a necessidade de comprá-la e ficar exposto à variação dela.

Entre os contratos disponíveis atualmente, estão as ações da Petrobras (PETR4, no caso). O tamanho do contrato é de uma ação, com lote padrão de 100 contratos.

Qual a diferença entre contrato futuro e contrato a termo?

A principal diferença entre o futuro e a termo acontece na liquidação dos compromissos. Como mencionamos, no mercado futuro os valores sofrem ajustes diários. Enquanto isso, no mercado a termo, os desembolsos acontecem somente no vencimento do contrato.

Além disso, o contrato futuro possui um grau maior de padronização, e pode ser negociado apenas na Bolsa de Valores.

Qual a diferença entre Mercado Futuro e Mercado de Opções?

O mercado de opções também negocia o direito de compra e venda de determinados ativos por um preço predeterminado, em uma data futura. No entanto, a principal diferença é que os contratos futuros são simétricos, isto é, significa que as duas partes assumem o compromisso de compra e venda.

Em contratos de opções, o lançador deve assumir a obrigação, mas o titular pode escolher se deseja executar o contrato no vencimento.

O contrato futuro é seguro? Saiba se é ideal para você

O contrato futuro é um ativo de renda variável, considerado volátil. Ou seja, as operações no mercado futuro são consideradas de alto risco, e são recomendadas, especialmente, para perfis mais arrojados.

Isso acontece, pois, mesmo realizando análises, não existem garantias de que os preços irão se comportar como previsto.

Existem inúmeras variáveis que podem gerar impactos no valor do câmbio, commodities e índices — desde políticas econômicas, até ambientais e climáticas.

Portanto, é preciso estar ciente dos riscos envolvidos na negociação de ativos alavancados, como os contratos futuros. Mas vale ressaltar também que, para investir em contrato futuro, não é preciso dispor de todo valor financeiro do contrato: é necessário apenas a margem de garantia e mais um valor excedente em conta, para que sua posição possa suportar possíveis oscilações negativas.

Uma das grandes vantagens do investimento no contrato futuro é que esse é um ativo bidirecional. Isso significa que o investidor pode alcançar resultados, tanto com a valorização, quanto na queda do derivativo, assumindo a posição compradora ou vendedora.

Desse modo, o contrato futuro é um ativo que exige um pouco mais de conhecimento sobre o mercado financeiro e boa tolerância aos riscos e oscilações envolvidos.

Uma maneira simples para reduzir os riscos nesse tipo de investimento é a diversificação: nunca invista 100% do patrimônio em um único ativo.

Como investir em contrato futuro

Aqui no modalmais, você encontra as melhores condições e taxas do mercado para operar com contrato futuro. Abrir sua conta é grátis, e você não paga taxa de custódia ou manutenção da sua conta.

E o melhor: é possível operar minicontratos de dólar e índice com corretagem zero. Além disso, o cadastro é muito simples e rápido. Lembrando que, como os contratos futuros são negociados apenas na B3, não é possível investir nesses ativos sem abrir conta em uma instituição financeira autorizada pelo Banco Central, a intermediar essas operações.

Quando o cadastro estiver pronto, você só precisa fazer login na plataforma de investimentos e alocar a margem no contrato escolhido.

A margem de garantia pode ser depositada em dinheiro, ou você pode utilizar para investir em outros ativos como, por exemplo, CDBs, ações e títulos públicos.

Quando as garantias estiverem disponíveis, acesse a plataforma de negociação de sua preferência e informe o número de contratos e valor na janela de ordens.

Pronto! Viu como é simples investir em contrato futuro? Agora é só acompanhar as oscilações. E não esqueça: diversifique sua carteira, para reduzir os riscos desse tipo de operação.

O contrato futuro é uma opção para investidores de perfil arrojado. Trata-se de um acordo de compra e venda de determinados ativos, em um preço previamente acordado.

Esse tipo de investimento é utilizado tanto para especulação, quanto para hedge. A segunda trata-se de uma operação que visa proteger o capital do vendedor de variações negativas no preço do ativo-objeto.

Como vimos, existem diversos tipos de contratos futuros. É possível negociar câmbio, commodities, ações e, até mesmo, índices do mercado financeiro, como o Ibovespa.

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