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Entenda como saber se uma ação está barata ou cara

Essa é uma dúvida de muitas pessoas na hora de adquirir seus ativos. Afinal, querer entrar em uma operação em um valor acima do justo pode causar um grande prejuízo para o investidor.

Conhecer o preço ideal para entrar em uma operação deve ser algo aprendido por todo investidor, mesmo os que ainda estão iniciando nesse universo de mercado financeiro.

Neste artigo, mostraremos tudo o que você precisa saber para definir o momento correto de fazer a sua compra. Continue lendo!

Quais são os métodos de análise de ações?

Antes de começar a demonstrar os principais indicadores de análise de ações, precisamos discorrer um pouco mais sobre os métodos mais comuns no mercado financeiro. Basicamente, temos dois mais utilizados, entre eles a Análise Técnica e Fundamentalista. Confira cada um deles nos próximos tópicos.

Análise Técnica
A Análise Técnica — também conhecida como análise gráfica — é uma das formas mais conhecidas de verificação dos movimentos do mercado. O objetivo é utilizar uma série de ferramentas para prever movimentações futuras, de acordo com as tendências de preços para garantir um boa entrada ou saída da operação.

A Análise Técnica funciona como base para tomada de decisões, tanto em um horizonte de curto prazo — como é utilizado no Day Trade —, quanto no longo prazo – dias, semanas ou meses.

Entre as principais ferramentas utilizadas na Análise Técnica para antecipar as tendências do mercado, estão as seguintes:

• médias móveis, que podem ser utilizadas em diversos períodos diferentes;

indicadores de tendência de preços e volume de operações;

• indicadores de volatilidade do mercado;

• gráficos de diversos tipos.

Nesse caso, é fundamental que você tenha acesso a uma plataforma de investimentos capaz de demonstrar todos esses indicadores e gráficos.

Análise Fundamentalista
A Análise Fundamentalista é um método que considera o cenário financeiro, econômico e do próprio setor em que a empresa atua. Em outras palavras, o foco é verificar os fundamentos de tudo que circula a companhia, a estrutura.

Assim, visa a determinar o preço justo das ações, bem como as perspectivas para o futuro. Quem difundiu a Análise Fundamentalista no mundo foi o investidor e escritor Benjamin Graham, especialmente, com a ideia do buy and hold. Inclusive, muito utilizada por outro famoso investidor, o Warren Buffett.

Nesse sentido, a Análise Fundamentalista tem o foco para aquelas pessoas que decidem montar uma carteira de ações no longo prazo. Para tanto, as ferramentas mais comuns são os indicadores, sobre os quais mencionaremos com mais detalhes em outros tópicos deste conteúdo.

Uma das vantagens dessa modalidade é que o investidor não precisa passar o dia todo na frente da plataforma, analisando gráficos e indicadores. Como o foco é no longo prazo, a análise para a tomada de decisões é mais demorada. Contudo, após chegar a uma conclusão, basta apenas fazer o acompanhamento.

Mas, não se engane, você precisará dedicar tempo nesse tipo de análise. Afinal, o mercado oscila muito. O ideal é que, pelo menos, todos os dias você abra a plataforma e dedique alguns minutos verificando as movimentações do pregão e as notícias que fizeram os preços oscilarem.

Como saber se uma ação está cara ou barata?

Agora, mostraremos como saber se uma ação está barata ou não. Para fazer isso, você precisará analisar alguns indicadores fundamentais. Veja quais são eles!

Preço/lucro
Um dos primeiros indicadores a serem avaliados é o preço/lucro ou P/L. Ele é muito utilizado para facilitar o cálculo e a comparação da companhia com outras empresas. Nesse sentido, quanto mais elevado for o indicador, maior será a disposição do mercado para pagar pelas ações.

Em outras palavras, significa que ele demonstra uma possibilidade de evolução nos preços de uma empresa. Porém, é importante entender que ele deve ser analisado em conjunto a outros indicadores.

O cálculo é feito por meio da seguinte fórmula: P/L = Cotação da ação / Lucro da ação.

Preço/Valor Patrimonial por Ação (P/VPA)
O P/VPA é um indicador que corresponde ao preço de uma ação, dividindo-a pelo seu valor patrimonial. O objetivo dele é dizer quanto os investidores estão dispostos a pagar pelo PL da companhia.

Nesse caso, é importante entender o que é o Valor Patrimonial por Ação. Basicamente, ele mostra o montante que o mercado está disposto a pagar no momento. O preço, contudo, se refere ao valor do papel atualmente.

Logo, o indicador tem por objetivo traçar um paralelo entre o preço atual do papel e o montante que o mercado está disposto a pagar.

Return on Equity
O Return on Equity é representado pela sigla ROE. Basicamente, é um indicador que utiliza uma relação entre a lucratividade de uma companhia com o seu patrimônio líquido. O ROE é amplamente utilizado pelos analistas fundamentalistas.

A fórmula para cálculo desse indicador é a seguinte: ROE = Lucro Líquido / Patrimônio Líquido do período anterior.

A análise do resultado obtido deve avaliar outros critérios. Contudo, o foco da verificação deve ser em entender se o ROE tem um valor significativo e que atrairá novos investidores, o que contribuirá para a evolução dos preços.

Dividend Yield
Por fim, nós temos o Dividend Yield. Por meio desse indicador, não se tem como saber, exatamente, se uma ação está barata ou cara, mas, sim, quanto ela consegue gerar de retorno com os proventos pagos. Esse termo pode ser traduzido como rendimento de dividendos.

O foco, portanto, é apurar quanto a empresa paga a seus investidores nas distribuições de dividendos. Nesse caso, o cálculo é um pouco mais complexo que os modelos anteriores. A fórmula é a seguinte:
Dividend Yield = Dividendos pagos por ação/ Valor unitário da ação x 100.

A multiplicação por 100 ao final da fórmula serve para tornar o valor obtido em forma de percentual. Nesse caso, quanto maior, melhor. Porém, é muito importante ter atenção a um detalhe.

Uma empresa pode ter um Dividend Yield excelente, contudo o seu preço pode estar supervalorizado. Logo, esse e nenhum dos outros indicadores devem ser avaliados individualmente para tomar algum tipo de decisão de investimentos.

Qual é a importância do preço de mercado?

Um ponto que merece muita atenção são os preços de mercado das ações. Em alguns casos, todos os indicadores demonstram que a compra de um lote de papéis de uma empresa está em um momento excelente para aquisição.

Contudo, ao olhar o gráfico, você percebe que os preços estão em patamares históricos ou em valores mais elevados que nos últimos pregões. Nesses casos, é preciso ter cuidado. Isso porque o mercado é cíclico e pode ter momentos de correções de preços ao longo dos dias.

Quando o preço sobe muito, é comum que os investidores que compraram há dias comecem a desfazer suas posições. Se isso acontecer no momento em que você adquirir os papéis, é possível que o preço caia. Isso pode causar um grande impacto no seu psicológico.

Por isso, mesmo que os indicadores demonstrem a possibilidade de compra, é interessante aguardar o mercado corrigir os preços, caso ele venha de um movimento de alta constante.

Existem aqueles que afirmam que “foguete não tem ré”, em uma alusão ao fato de que os preços da ação podem subir sem cair mais. Acredite, pensar dessa forma é muito arriscado. O segredo do sucesso no mercado de ações é comprar barato e vender caro.

Para isso acontecer, é fundamental saber o momento correto de entrar na operação. Isso deve ser feito analisando os indicadores e, principalmente, o próprio mercado.

Qual é a importância de diversificar os ativos da carteira?

Independentemente de comprar ações a preços baixos, é importante entender o grande valor da diversificação da sua carteira de ações. Os principais motivos para fazer isso é fracionar o seu risco, bem como obter rentabilidades diferenciadas.

Algumas pessoas podem perguntar-se: como diversificar minhas aplicações pode fazer com que eu corra menos riscos? Simples, a comparação que fazemos é com o velho ditado da cesta de ovos.
Se você colocar todos eles em um único lugar, e, se por algum motivo, ela caia no chão, todos os seus ovos serão quebrados. Porém, se apenas uma parte deles estiver nessa cesta, os outros estarão protegidos.

Trazendo para o universo dos investimentos, caso uma ação desvalorize muito em determinado momento, você não prejudicaria todo seu capital, tendo em vista que ele está fracionado em diversos ativos de mercados diferentes.

Também é importante mencionar que a diversificação deve ocorrer em classes de ativos distintas, e não apenas nas ações. Ou seja, além dos papéis, você pode adquirir títulos públicos do Tesouro Direto, ou outras modalidades de renda fixa, moedas estrangeiras, metais preciosos etc.

A diversificação também potencializa a rentabilidade geral da sua carteira. Por exemplo, você pode utilizar uma parcela pequena do capital para aplicar em ativos mais arriscados, obtendo retornos mais expressivos. Por outro lado, direciona outras partes em ativos mais seguros, com rentabilidades reduzidas, somando todas ao montante total do seu capital, experimentando diversas taxas de retorno.

Por fim, podemos concluir que buscar saber se uma ação está barata não é nenhum bicho de sete cabeças. Portanto, siga as dicas que mencionamos neste conteúdo antes de tomar suas decisões, especialmente, quanto à diversificação de investimentos.

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