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Especulação: como essa prática funciona na Bolsa de Valores

Especulação na Bolsa

Adorada por uns e detestada por outros, a especulação é uma prática recorrente no mercado financeiro — e é importante conhecê-la. Afinal, muitos investidores – especialmente os de perfil arrojado – a utilizam como forma de obter rendimentos mais expressivos, num curto prazo.

Contudo, antes de se arriscar no universo do capital especulativo, é importante que você conheça os riscos, altos e baixos e comportamentos desse tipo de operação.

Neste artigo, falaremos sobre o ato de especular no mercado de renda variável da Bolsa de Valores brasileira, a B3, e solucionaremos algumas dúvidas que rondam esse mercado e essa prática. Não deixe de conferir!

O que é a especulação financeira na Bolsa de Valores?

Em poucas palavras, especular significa buscar os maiores rendimentos possíveis em um curto espaço de tempo, diante de um alto risco. Isso é feito ao seguir as valorizações e desvalorizações de determinada aplicação.

Não é difícil perceber que esse tipo de operação submete quem a realiza a riscos maiores do que os comumente esperados no mercado de renda variável. E é por isso que, antes de iniciar a atividade, é fundamental estudar sobre as técnicas utilizadas nela, o mercado financeiro e o que o influencia, bem como sobre a especulação em si.

Afinal, o motivo que faz com que até mesmo especialistas se mantenham distantes desse tipo de operação é justamente a sua exposição à volatilidade. Se mal praticada, ela pode trazer resultados desastrosos, que distanciam você dos objetivos que esse mercado possibilita.

Por outro lado, o que a torna tão atraente para outros profissionais é o fato de o mercado de renda variável já ser, por si só, considerado volátil. Assim, todos que realizam transações desse tipo são constantemente impactados e responsáveis pelas flutuações.

Em outras palavras, saber se a especulação é uma boa ideia ou não, em seu caso, exige uma análise mais aprofundada.

Como funciona uma especulação?

Muitos acreditam que especular corresponde ao ato de investir. Na verdade, não é bem sim. A diferença entre os dois conceitos fica bastante clara quando se entende o funcionamento dessa prática — que consiste na compra e venda de ativos, num curto espaço de tempo, com base em um determinado padrão.

Anos atrás, operar na Bolsa de Valores era uma ideia distante da grande maioria das pessoas. Contudo, a tecnologia modificou esse cenário. Basta ter em mãos um dispositivo eletrônico, internet, uma conta em uma instituição de investimentos estável e um home broker para começar a especular.

Mesmo com tanta facilidade, é preciso ter cuidado. O primeiro passo na hora de entender os mecanismos da especulação consiste em analisar o segmento que será trabalhado em suas operações, como por exemplo, o mercado futuro. Observá-lo e entender as suas oscilações é fundamental.

Com todas as informações necessárias em mente, é hora de especular. Nesse tipo de operação pouco importa a “qualidade” das ações, commodities, contratos ou da cota em questão. O foco estará nas oscilações que provocam as diferenças nos preços.

É esse olhar específico que torna o ato de especular tão diferente do de investir. Afinal, no segundo caso, o principal objetivo é escolher ativos de qualidade, que se valorizem cada vez mais, mesmo que para isso seja necessário aguardar meses ou até mesmo anos. No primeiro, a liquidez e a volatilidade são os principais atrativos.

Como ocorre a especulação financeira no mercado de ações?

De forma geral, já temos uma boa noção da prática com o capital especulativo. Porém, outros detalhes tendem a aprofundar a compreensão do tema. Falaremos sobre eles a seguir.

Ciclo
No mercado de renda variável, é comum que os ativos mais valorizados atraiam uma maior quantidade de investidores. A mesma coisa tende a ser dita em relação ao distanciamento que eles têm das aplicações em queda. No caso da especulação, também é percebido um comportamento cíclico.

Na maioria das vezes, o trader irá utiliza ferramentas de análise técnica que, a partir de uma série de fatores, indicarão tendências de altas ou baixas nos preços dos ativos, o que influenciará diretamente nas decisões de compra ou venda de quem estiver operando.

Ainda que a ideia pareça simples, é importante pensar na quantidade de traders (nome dado aos que optam por realizar operações de curto prazo) que efetuam o mesmo movimento.

É por isso que, sem a devida análise e planejamento sobre cada movimento, é possível que muitos saiam sem o resultado esperado. Contudo, fica clara a relação entre a observação do mercado financeiro e a execução de uma especulação, certo?

O profissional pode observar, por exemplo, os movimentos realizados pelos principais players de mercado e, com eles em mente, “prever” possíveis movimentações lucrativas para Day Trade, Swing Trade, flippagem com IPOs, entre outras.

CONSEQUÊNCIAS
É comum que, ao pesquisar sobre o assunto tratado neste artigo, você se depare com blogs, perfis e canais dedicados a ele e a expor os promissores resultados que as operações de especulação podem trazer. No entanto, ainda que, de fato, grandes resultados possam advir dessa prática, é imperativo que os riscos também estejam em foco.

As chances de perdas (expressivas) existem na especulação. Isso é dito uma vez que, conforme o seu nome aponta, ela surge de previsões e antecipações. Caso as estimativas não ocorram dentro do esperado, é provável que o trader acabe por contar com ganhos desproporcionais aos esperados.

Situações extremas, como crises, podem fazer com que, resultados dos quais você esperava, não se concretizem, devido a uma mudança repentina. Da mesma forma, em dias considerados “normais”, os resultados também podem se distanciar de suas expectativas. Por esses e outros motivos que a aprendizagem e a constante atualização sobre os cenários em vista se mostram fundamentais.

Caso o praticante da especulação esteja preparado e maduro o suficiente na hora de encarar o mercado, ele se preparará com antecedência para possíveis perdas, considerando-as parte do processo e mantendo a concentração nos rendimentos. Esse é outro motivo pelo qual essa prática está direcionada aos investidores de perfis arrojados ou moderados — esses últimos de forma mais restrita.

PORQUE ESPECULAR
Compreendida a teoria e a prática da especulação, é hora de se perguntar: por que especular? Bem, a resposta depende do quão próximo dos ideais abaixo você está:

  • Alta tolerância a riscos em busca de resultados mais expressivos;
  • Objetivos de curtíssimo ou curto prazo, mas que não são urgentes;

Em suma, se você busca obter uma alta performance no curto prazo, mesmo que para isso precise se expor a grandes oscilações e tolera riscos e eventuais perdas, a especulação é uma prática voltada ao seu perfil. Caso qualquer um desses pontos seja dissonante, talvez seja uma boa ideia buscar outras opções.

Quais são os cuidados que devem ser tomados?

Se você decidiu realizar operações especulativas na Bolsa de Valores, é importante considerar e preparar-se para todos os riscos que estão envolvidos. Para isso, separamos algumas dicas capazes de otimizar o processo. Confira.

ESTUDE
Vale reforçar a importância de se informar e atualizar em relação ao mercado financeiro. O primeiro passo a ser seguido pelos futuros especuladores é a observação. Anote as suas percepções, converse com outros especialistas e aprofunde-se na renda variável antes de iniciar a sua trajetória.

Em seguida, é preciso compreender os padrões por trás das flutuações. Mesmo que captá-los pareça difícil, é o entendimento das tendências que o levará na direção dos melhores resultados possíveis.

Finalmente, nunca pense que aprendeu tudo. Conforme dito, o cenário em questão é bastante volátil. Isso significa que ele está em constante mudança e que é preciso aprender algo novo sobre ele todos os dias. No universo da especulação, nada é definitivo.

TENHA PACIÊNCIA
Se você é um investidor que gosta de acompanhar o desempenho das aplicações, não terá problemas em especular, uma vez que essa atividade exige que você tome decisões rápidas, mas que devem ser baseadas em observação e uso de técnicas específicas. Além disso, especular demanda a elaboração de estratégias prévias.

Com isso, você já deve ter imaginado que, a falta de preparo emocional e esse tipo de operação não combinam! Sendo assim, tenha paciência, controle o seu emocional e prepare-se para as variações que, certamente, passarão a fazer parte do seu dia a dia.

DIVERSIFIQUE
A regra de contar com uma carteira diversificada engloba todos os perfis de investidor. Dessa forma, é importante que se mantenha o equilíbrio entre suas aplicações, de acordo com as necessidades e objetivos de curto, médio e longo prazo. Lembre-se que, em função dos altos riscos envolvidos na especulação, ter uma reserva de emergência é essencial.

Dito isso, é importante ter em mente que suas obrigações financeiras mensais não devem depender apenas dos ganhos oriundos das operações com capital especulativo, o que reforça ainda mais a importância de se diversificar os investimentos.

Entender como funciona essa prática na Bolsa de Valores é o que possibilita que diversas portas sejam abertas para investidores que buscam altos rendimentos em um curto espaço de tempo. Os resultados podem ser animadores, mas é fundamental dar atenção aos riscos, até mesmo para que surpresas desagradáveis não sejam frequentes em sua rotina como trader.

A especulação é uma prática importantíssima para a saúde de todo o mercado por seu papel no que diz respeito à liquidez dos ativos. Agora que você sabe tudo sobre ela, não se esqueça de otimizar a estabilidade e a segurança de suas transações e escolha a instituição de investimentos certa.

Ela deve ajudar você a eliminar as barreiras do mercado financeiro e, ainda, oferecer o máximo de funcionalidades possíveis em um só local.

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