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Dividend Yield: como calcular e interpretar os rendimentos de dividendos

Dividend Yield: como calcular e interpretar os rendimentos de dividendos

O Dividend Yield pode ser entendido como o retorno em dividendos que uma empresa paga aos seus acionistas.

Geralmente, quanto maior esse valor, mais proventos o investidor deverá receber. As Ações Preferenciais (PN) costumam ser as favoritas, ao se considerar esse fator.

Por outro lado, o Dividend Yield alto em um período não garante que nos próximos ocorrerá a mesma coisa. Esse retorno depende também do preço das ações. Ou seja, ele pode variar no decorrer do tempo.

Além disso, cada empresa define quando pagará os proventos aos acionistas.

Se você deseja investir com foco em dividendos, é preciso saber como o Dividend Yield funciona.

Assim, é possível identificar as melhores vacas leiteiras da Bolsa de Valores, conforme os seus objetivos como investidor.

Assim, preparamos um guia completo sobre Dividend Yield com dicas incríveis para colocar em prática agora mesmo. Boa leitura!

O que é Dividend Yield?

A sua tradução consiste em rendimento de dividendos. Portanto, o Dividend Yield pode ser entendido como um indicador da rentabilidade relativa dos proventos pagos aos acionistas em determinado período.

Em outras palavras, trata-se do percentual obtido com base no que o investidor recebeu em proventos no formato de dinheiro em conta corrente, no período, dividido pela cotação atual do papel em questão.

Assim, o Dividend Yield é calculado com base em proventos como dividendos e JCP (Juros Sobre Capital Próprio).

Como calcular o Dividend Yield?

Vamos considerar que, hipoteticamente, a cotação atual do papel TRPL4 é de R$ 19,74. Então, basta dividir o valor obtido com a soma dos dividendos pagos por ação, nos últimos 12 meses – no caso do exemplo, o total é de R$ 1,510526 -, pelo preço atual da ação.

O resultado deverá ser multiplicado por 100. Assim, o resultado indica que o Dividend Yield da ação será de 7,65% ao ano.

A fórmula seria:

DY = (total em proventos em dinheiro [últimos 12 meses] ÷ preço atual da ação) x 100.

Então, utilizando esse mesmo exemplo, digamos que você tenha comprado 100 papéis de TRPL4, e no dia do último pagamento de dividendos, dentro de 12 meses, essa ação estivesse valendo R$ R$ 19,74. E digamos ainda, que, dentro desse período, a empresa tenha pago em dividendos, R$ 1,510526 por ação. Ou seja, o DY é de 7,65%.

Apenas para complementar a informação de “Então, se você possui 100 papéis de TRPL4, poderá ter o retorno de R$ 151,0526 em proventos, ou seja, 7,65% de retorno sobre o valor investido.”

É importante destacar que o DY pode sofrer alteração, uma vez que os preços das ações oscilam, bem como o pagamento dos proventos em dinheiro, que varia de acordo com o calendário de pagamentos da empresa, e com os valores pagos.

O histórico de pagamentos de dividendos, indispensável para se fazer o cálculo do Dividend Yield, costuma ser disponibilizado nos sites de Relações com Investidores (RI) das empresas – geralmente na sessão de Remuneração dos Acionistas – e no site da B3, na aba de “Eventos Corporativos”.

Por que entender sobre o Dividend Yield?

Investir em empresas que pagam bons dividendos tende a ser uma boa alternativa para os investidores que desejam formação de renda.

De acordo com o montante investido, é possível conseguir rendimento suficiente para alcançar a sua independência financeira.

O maior investidor pessoa física da Bolsa de Valores brasileira, Luiz Barsi Filho, investe desde o final da década de 60.

Com o tempo, ele conseguiu ter capital suficiente para viver de dividendos. Então, você também pode chegar lá.

Por outro lado, o Dividend Yield não mostra a sua origem. Tenha em mente que os proventos são partes dos lucros de uma empresa no período de exercício, como, por exemplo, um semestre. Eles são conhecidos como dividendos ordinários.

Porém, há acontecimentos fora do habitual que geram ganhos, como, por exemplo, venda de uma unidade fabril ou de uma marca. No release de resultados das empresas, eles costumam ser chamados de eventos não recorrentes.

A empresa poderá repassar esses lucros sob forma de dividendos extraordinários, que também são considerados no cálculo do Dividend Yield, e costumam elevá-lo em relação ao DY calculado em meses sem lucros inesperados.

Então, o ideal é avaliar o histórico de pagamento de proventos. Assim, é possível saber o retorno que uma companhia costuma oferecer de acordo com os seus resultados comuns.

Para o investidor de médio e longo prazo, empresas que pagam dividendos estáveis ou crescentes costumam ser boas escolhas.

O Dividend Yield é um dos múltiplos da Análise Fundamentalista. Ele pode ser útil na hora de escolher as ações para a sua carteira.

Porém, ele depende do valor dos papéis. No geral, quanto maior o preço das ações, menor o percentual de retorno em dividendos.

Em momentos de alta no mercado, isto é, no bull market, o Dividend Yield das ações tende a diminuir.

Ao considerar apenas esse múltiplo como critério de investimento, é possível deixar boas oportunidades passar.

Tenha em mente que Dividend Yield baixo, nem sempre significa que os proventos são pouco atrativos.

Sem contar que, com o tempo, a empresa poderá aumentar gradativamente a remuneração dos acionistas, conhecida como payout – percentual do lucro líquido da empresa, distribuído aos acionistas como dividendos e JCP.

Neste caso, é recomendável ler a política de distribuição de lucros das companhias desejadas.

Lembre-se de que o Dividend Yield também depende do momento financeiro de uma empresa.

Se ela já se desenvolveu, por exemplo, as Blue Chips, a tendência é uma maior distribuição de lucros.

Enquanto isso, companhias em expansão, como as Small Caps, podem oferecer Dividend Yield menor.

Isso porque elas costumam utilizar os lucros para investir no crescimento, ao comprar novas máquinas, desenvolver serviços ou contratar funcionários, por exemplo.

Em troca, a cotação dessas ações tende a crescer mais no curto prazo do que uma Blue Chip. Afinal de contas, os investidores as precificam conforme as expectativas futuras.

Como saber se é um bom Dividend Yield

O Dividend Yield pode ser utilizado como índice de performance na comparação entre as empresas listadas na Bolsa de Valores.

Considere que você deseja investir em ações do setor bancário que costumam pagar bons dividendos.

Então, é possível comparar o Dividend Yield delas e escolher a mais adequadas para os seus objetivos e prazo de investimento.

O múltiplo também pode ser comparado aos demais índices do mercado, principalmente o CDI ou a taxa Selic.

Digamos que uma ação possui 7,0% de Dividend Yield. O CDI acumulado nos últimos doze meses, entre maio de 2019 e maio de 2020, é de aproximadamente 4,95%.

Então, investir nesse papel e obter rendimentos de proventos em dinheiro que levaram a esse DY, equivale a investir em um ativo de renda fixa com taxa de rentabilidade próxima de 141% do CDI.

Perceba que esse tipo de comparação permite que você analise o risco x retorno de cada um dos investimentos.

Geralmente, se você pretende comprar ações boas pagadoras de dividendos, o ideal é que possuam Dividend Yield acima de 100% do CDI.

Isso quer dizer que, pensando no pagamento de dividendos, é possível fazer o seu dinheiro render mais do que em um ativo de menor risco, como Tesouro Direto, alguns CDBs e LCIs.

Dividendos Trimestrais

A política de pagamento de proventos é definida por cada empresa. Portanto, tanto o payout quanto o período de repasse pode variar.

Há ações que distribuem dividendos anualmente, semestralmente ou trimestralmente. Esse é um ponto a ser considerado na hora de investir.

Se você deseja criar um fluxo de renda com os seus investimentos, é recomendável priorizar os papéis que pagam proventos em maior frequência.

Uma das alternativas para identificar quais empresas distribuem dividendos trimestralmente, por exemplo, é analisar as suas datas de pagamentos feitos no passado.

Os Bancos, por exemplo, costumam pagar dividendos aos acionistas com maior frequência porque fazem balanços mensais como uma forma de prestação de contas ao Banco Central.

Perceba que, ao se investir em ações que pagam dividendos com mais frequência, é possível utilizar esse rendimento para as suas necessidades ou para reinvestir.

Ao optar pelo reinvestimento, você pode maximizar os lucros, principalmente no médio e longo prazo.

Nesse processo, é possível direcionar os dividendos recebidos tanto na compra de novas ações da mesma empresa ou em outras oportunidades disponíveis no mercado.

Aprender a calcular o Dividend Yield das ações, pode mostrar quais são as mais atrativas, especialmente para o investidor que busca boas pagadoras de dividendos.

O ideal é investir de forma diversificada e entender que o Dividend Yield não é garantia de proventos futuros.

Mesmo assim, começar a operar agora pode ser uma grande oportunidade, já que poucos meses atrás, o principal índice da Bolsa de Valores, o Ibovespa, estava próximo de 120 mil pontos, logo, as ações estavam com preços muito mais elevados.

O Dividend Yield costuma ser um dos principais pontos considerados pelos investidores que buscam geração de renda na Bolsa de Valores.

Lembre-se de avaliar as empresas desejadas e evite as que possuem Dividend Yield impulsionados apenas por eventos não recorrentes.

Além disso, considere os riscos envolvidos e o seu perfil de investidor.

Leia em nosso blog sobre Estratégia White Flag, SuperDOM, Volume at Price, Trailing Stop, Price Action e Market Profile.

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